Comer fora de casa em Belo Horizonte está mais caro, de acordo com a pesquisa publicada pelo Portal Mercado Mineiro. Nesse contexto, os empreendedores do ramo da alimentação estão com o desafio ainda maior para manter e atrair clientes. Essas variações mercadológicas ocorrem e impactam a vida do brasileiro que quer pagar as suas contas e ter uma vida plena, mas alcança também os gestores de micro e pequenas empresas, que estão em busca de manter seus negócios abertos e em crescimento. Para o empresário driblar essa situação é necessário adotar ações que melhorem a experiência dos clientes, criem memória e os façam retornar ao estabelecimento físico ou digital, fazendo questão de comprar lá.
Análise como ponto de partida
A promoção de experiência envolve a análise do comportamento dos consumidores que já são clientes. Identificar os pontos-chave do negócio envolve uma reflexão sobre o que é valorizado por aqueles fregueses, os que são assíduos. Uma boa maneira de fazer isso é mapear comentários feitos presencialmente e nas plataformas digitais, identificar se há algum quesito que aparece com frequência nos elogios para então potencializar o que o negócio tem de bom, dar mais atenção a ele, comunicar mais sobre esse quesito para aumentar a visibilidade. Analisar também os pontos de melhoria, eles são barreiras relevantes a serem rompidas. Analisar se o produto que está sendo ofertado é, de fato, de qualidade, saboroso, atende ao público escolhido. Não tem estratégia de marketing que salve produto ruim.
Definição e mapeamento de ações
Com base nas análises realizadas, o gestor deve elencar ações com pelo menos 3 objetivos: captar, encantar e interagir com os clientes. Para captar clientes a presença nas redes sociais é imprescindível, o uso de uma boa ambientação dos espaços físicos e o cadastro correto de informações nos aplicativos de venda e ambientes virtuais, quando for o caso. Tanto para negócios digitais, quanto para aqueles que tem porta para a rua, a fotografia é essencial para instigar o consumo, pois o ditado popular “comemos primeiro com os olhos” reflete a realidade, lembrando que as imagens estejam condizentes com a realidade e bem atraentes. A foto e a comunicação atraem, mas não são capazes de suprir uma experiência ruim e fazer o cliente voltar. Portanto, é necessário pensar na experiência de compra e de consumo. Ela está frequentemente ligada ao atendimento: tempo de resposta, tempo de entrega, self-service organizado e bem higienizado, atendentes com postura adequada, tratamento cordial, marmitex com a comida organizada, variedade de cardápio, brindes e outros mimos são bem-vindos para reforçar a marca e manter o cliente bem atendido. Embalagens personalizadas e bilhetes geram memória e ajudam a fortalecer a marca. A interação com o cliente no pós-venda é uma forma de lembrá-lo de que o negócio existe e está à disposição. Com tanta tecnologia, discussões sobre o uso da inteligência artificial e as novidades mercadológicas em geral, há gestores se esquecendo do básico: “quem não é visto, não é lembrado”. O uso de aplicativos como o WhatsApp e outras redes sociais tem se destacado como boas ferramentas de interação: envio de cardápio para quem autorizou e se cadastrou para isso é uma das ações-chave para quem atua com marmitex, por exemplo. Interação é uma via de mão dupla, responder o cliente e tirar as suas dúvidas é essencial. Com bons atrativos, produtos de qualidade, que acompanham as necessidades do público e bem comunicados, o preço da alimentação fica em segundo plano para o cliente.
Fonte: Mercado Mineiro